terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Em uma guerra

Uma guerra entre exércitos, no adversário, mais de 10 mil guerreiros treinados, do meu lado, eu, agindo como se estivesse com um exercito de 20 mil guerreiros.
O problema maior disso, é que eu não admito não poder mais lutar, já estou estraçalhada, ossos quebrados, corpo todo ensanguentado, não sinto mais a dor, totalmente amortecida. E apesar disso, ainda acho um jeito de me levantar, e continuar lutando como se tivesse só me arranhado, sem mostrar para a plateia e os adversários o que eu to sentindo.
Sem mostrar a dor, sem mostrar o cansaço, sem mostrar a solidão e sem deixar transparecer meu sentimento de derrota. Pois apesar de tudo, apesar de ainda me levantar, apesar de ainda lutar, eu sei que essa guerra, provavelmente, não terminará com uma vitoria para o meu exercito de um.
Mas apesar de ter certeza que não vou ganhar, não sei por que, ainda tenho uma esperança, escondida lá no fundo, escondida até mesmo de mim, tão patética, que eu própria dou gargalhadas da minha inocência de manter ela, e é por isso que ela se esconde de mim, para não perde-lá, pois a derrota seria pior se eu nem sequer lutasse.

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