sábado, 20 de fevereiro de 2010

O mundo da mente. Parte 1

Eu não enxergava nada, eram 5 da manhã, estava cansada e com fome mas finalmente estava chegando na cidade mais próxima. Era estranho saber aonde fica a cidade mas não saber aonde se está.
Chegando mas perto a cada passo lento, começo a escutar uma voz, é uma criança chorando, quando vejo ela saio correndo em sua direção, os olhos assustados de medo, cerca de 9 anos me faziam lembrar minha irmã, pergunto o que aconteceu, aonde estamos e porque ela está sozinha. Ela diz que ali é um lugar aonde só existe pessoas más, e que ela precisa de ajuda, está perdida e com fome, os pais a abandonaram. Eu com certeza estava apavorada e numa situação não muito melhor que aquela menina, mas tinha de ajuda-lá, imediatamente a coloquei na garupa e fomos em direção a próxima cidade.
Ela ia me contando coisa horríveis que ela passo todo o tempo que ficou sozinha, era apavorante escutar aquelas coisas num lugar no meio do nada, deserto e se por acaso encontra-se-mos alguém, não acho quer seria uma pessoa hospitaleira.
Eu não aguentaria muito mais tempo, ouvir os relatos daquela garota, me deixava triste e sem esperanças, como se minha vida estivesse se evaporando pouco a pouco. Olho para trás para ver o rosto da menina que pensei estar dormindo. Mas nele, não mais uma criança, algo com o formato humano, sem roupas, sem cabelo, sem olhos e nariz, somente uma boca, sorrindo.
Foi quando percebi, se eu não estivesse morta, eu morreria em poucos minutos. Larguei aquele demonio ali, eu estava desesperada, não tinha como escapar, olhei rápido para trás queria ter certeza que teria mais alguns instantes de vida, mas ela não me seguia, tinha tomado a forma da minha irmã e estava parada, chorando, como na minha mente... quando eu fugi.
Sabia que não era ela e não iria me deixar iludir, foi quando esbarrei em alguém, um homem alto de cabelo rapado, pele morena e olhar intenso, sua voz era decidida e firme, ele dizia que estava ali para me salvar e que iria me levar para a cidade. Foi tão rápido o movimento dele que só depois percebi que estava sendo abraçada e já estava na cidade. Não intendi muito bem como fomos parar ali, mas estava muito cansada para tentar achar lógica.
Enquanto caminhávamos, ele dizia: "Aquilo que você viu antes, era a inveja ela não tem corpo e por isso absorve o dos outros, era o que ela estava fazendo, ela usou as suas emoções achando que você voltaria."
Perguntei-lhe o que ele era, mas eu já sabia, era o amor. Então eu percebi, estava tudo como um sonho. Somente um sonho. Então acordo para mais um dia aonde o mundo é apenas um mundo normal.

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